quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O hábito faz-nos o gosto

Tudo em nós são hábitos e isso é possível ver em muitas das pequenas coisas do nosso dia a dia, aquele dia a dia a que tanto estamos habituados…
Ouvimos uma música que não gostamos, cantada por um outro artista, ou não, e passamos a gostar, estávamos era habituados a não gostar dela cantada pelo outro, e porque nos habituámos que esse artista não presta. Dificilmente podemos mudar horários ou alterar trajectos porque já estamos habituados aqueles de todos os dias. Destruímos o nosso organismo porque nos habituámos a fumar e a beber e a fazer outras coisas da mesma família e habituamo-nos a perceber que isso mata os outros à nossa volta, mas os outros também já estão habituados a que os façamos sofrer. Casamos e mantemos relações com outras pessoas durante vidas inteiras porque nos habituámos aos seus hábitos. Partilho coisas com amigos a que me acostumei partilhar. Habituamo-nos a gostar de quem gostamos… Mantenho o mesmo emprego porque me habituei aos colegas, ao trajecto, aos cheiros, a tudo. E como é bom depois chegar a casa e ligar a TV por puro hábito, nem que seja para dormir em frente dela.
Não me habituo a dormir quando tenho sono. Não me habituo a dormir sem ouvir um pouco de música, sem vir navegar com os meus amigos, ou não. Habituei-me a escrever em blogs e não deixo este hábito. Se estou habituada a deitar cedo, não me mantenho acordada após as 10, se não me habituei a esse hábito que é o mais comum e “saudável”, não consigo adormecer. O nosso organismo habitua-se a habituar-se às circunstâncias, a tomar as refeições a certas horas e não aguento a tanta fome que tenho, mesmo que esteja mais que habituada a saber que em Africa sim se passa fome e que os seus organismos se habituaram a não se habituar a nada. Habituados que estamos a lamentarmo-nos, não há alegria que nos alegre, não me habituo a ver-me feliz.
Os vícios são hábitos e nós somos tão viciados nos hábitos que por vezes nos habituamos a ser assim simplesmente por hábito!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Aqui entre nós...


Para que não restem dúvidas aqui fica o link com a listagem de empresas que testam e as que não testam em animais. Assim tornar-se mais facil escolher os productos a comprar...

http://www.lpda.pt/01campanhas/listagem_empresas.htm

Graças ao boicote dos consumidores, empresas como a Gilette optaram por deixar de testar os seus productos em animais. Se resulta porque não começarmos todos a boicotá-las? Assim provamos como o Barato sai caro!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

A ocidente nada de novo

Porquê que os Muçulmanos passam a vida a cometer actos de violência contra os ocidentais? Será porque no fundo os odiamos, arrebentamos as suas terras com bombas, queremos roubar-lhes as suas riquezas naturais e recentemente demonstrámos o nosso total desprezo para com a sua cultura e religião?
Esta questão deve parecer familiar a muitos. Todos aqueles que acham que os actos de violência que os muçulmanos têm recentemente cometido contra as embaixadas dos países daqueles que acharam que seria “engraçado” caricaturar o seu profeta, não passam de fundamentalismos e extremismos. Mas continuaremos a achar isso se nos lembrarmos da actual situação de guerra em que se encontra o ocidente e o oriente. É que a intenção daquelas caricaturas, bastante ofensivas e agressivas por sinal (aconselho a ver antes de acusar de extremismo as atitudes de resposta), não é assim tão inocente. Aliás não é NADA inocente.
Mas o pior é que a história não acaba aqui, e começam então outros países, que também foram para terras muçulmanas ao lado dos aliados EUA para combater o "mal", a fazer caricaturas das caricaturas e depois caricaturam o caricaturado, caricaturando por aí fora até ver onde tudo isto vai parar. Mas será que algum dia irá parar?
Estas notícias trazem “ao de cima” a questão da liberdade de expressão que todos temos uns sobre os outros para ofender à vontade, e que neste caso especifico deve ser associado à liberdade de explosão que o ocidente tem sobre o resto do mundo, desde que achem por bem mandar com bombas e rebentar com tudo. Hiroshima e Nagasaki não me deixam mentir…
Enquanto via no outro dia o telejornal, ouço a opinião do cardial patriarca de Lisboa D. José Policarpo sobre este tema, dizendo que a liberdade de expressão pode por vezes ofender, mas os orientais têm uma forma de se mostrar ofendidos bem mais violenta que os ocidentais. Mas, ironia do destino… ou dos telejornais, essa opinião surgia logo a seguir à notícia do vídeo amador onde aparecem soldados britânicos a espancar um grupo de adolescentes iraquianos por se manifestarem pacificamente e na sua própria terra. Que inofensivos que nós somos…
Para mim a questão que se levanta com tudo isto é a mesma de sempre, a facilidade de odiar, mal tratar, acusar os outros quando os outros... são diferentes de nós.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Onde é que pára a crise??

Já todos ouvimos falar numa certa crise que anda por aí... Mas afinal... Onde é que ela anda?
Eu não sei! O que é certo é que dizem que todos os portugueses são vitimas dessa tal crise, mas deve ser rara a sua vítima que não tenha um telemóvel da ultima geração.
Li recentemente num jornal que os portugueses ao comprar os seus bens de 1ª necessidade ficam logo sem ordenado. Ora se há pessoas a considerar o telemovel como indispensável, estarão a incluir lá o ultimo que compraram? E será de 1ª necessidade que tenha câmara, maq. fotográfica, toques polifónicos, mp3, etc e tal... mesmo que não saibam usar nada disso?
Comecei também a reparar nas matrículas dos automóveis e notei que muitos são de 2003/2004, e últimos modelos das respectivas marcas. Mas nesses anos já não estavamos sob a famosa e misteriosa crise? E as férias em hoteis de luxo no verão? E a ida semanal e meio aparvalhada ao centro comercial? De onde trazem inumeros sacos cheios de bens de 1ª necessidade, ou seja, roupas de marca que é para não ficar mal entre os amigos? Eu acho que portugal está bem e recomenda-se. Viva e gaste à vontade que não há crise nenhuma! Era uma crise intestinal ou de estômago mas já passou! Ou então é só para alguns... muito poucos... chhhhiiuuuu!
Quem está em crise é a crise e ainda nem deu por isso. Como diz o outro: É a crise!